segunda-feira, 5 de outubro de 2009

La Lesla responde!

Olá Leysla. Queria saber sobre seu sentimento em relação a estes homens que passam a noite ou comem você?
Talita

Talita Juliana,

Fiquei um pouco preocupada com a sua dupla personalidade, mas resovi responder assim mesmo, pois tenha a impressão ou a esperança de você ser, na verdade, um homem qualquer desses que visitam minha xoxota e agora esteja preocupado com a minha dignidade. Então, vou chamá-lo de Cidão.
Cidão, eu sou uma feminista convicta. Embora eu acredite que o machismo seja muito mais interessante. Homens como você, que me comem e me abandonam, estão apenas cumprindo o regulamento complexo do machismo. Embora eu esteja certa de que este mundo está bom mesmo é pra acabar, acho legal a ignôrancia humana, e o feminismo, hoje, é só uma forma de substituir uma merda por outra. O legal do machismo é que ele exige dos homens muito mais do que o feminismo das mulheres. Vocês devem ser durões, tanto na ereção como no comportamento, vocês tem a obrigação do não-apego, vocês tem que comer e largar, para cumprir o regulamento. Eu apenas me aproveito dessas obrigações para me divertir.
E em homenagem a sua sábia pergunta, vou criar o próximo post: Desgraçados Gentis!

Fui gemendo...

La Leysla

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Entre sem bater

São emoções que me arrebatam invariavelmente.
Vocês devem se perguntar, cheios de inveja e atolados de tédio, por que a vida da Leysla é tão interessante? Por que a Leysla chupa tantos paus? Porque, queridos, verdade seja dita, eu abro os braços, o coração e as pernas para a vida.
Mas vamos começar nos preocupando mais com a minha buceta do que com o meu coração.
Capitão Renascimento resolveu brotar espontaneamente.
Marcamos em minha residência. Como faltavam algumas horas para a sua chegada, resolvi pintar o quarto de rosa. Colei na parede todos os posters dos filmes que estrelei, calcinha preta no último volume. Deixei a porta aberta e fiquei de quatro na cadeira, esperando ser penetrada. Renascimento entrou fundo. Acertou em cheio!
Depois de algum selvagem vai e vem, resolvi olhar para trás, para observar um pouco aquela cara de homem primitivo que ele faz enquanto estamos trepando.
Vocês não podem imaginar a minha reação ao me deparar com uma porção de homens filmando nosso sexo e se masturbando ao mesmo tempo. Uma equipe inteira: luz, câmera, e nós dois em ação.
Sempre fui mestra na arte da improvisação. Entrei no foco. Mirei meu cu para a Lua. Interiorizei o personagem. Meus gemidos ensaiados entravam no compasso frenético das minhas ancas, que protagonizavam o filme.
O pessoal da equipe começou a revezar minha buceta com o Renascimento.
Um vizinho ouviu tudo e resolveu entrar na brincadeira. Ele me comeu com força enquanto Renas me dava bofetadas.
O técnico da telefônica, que estava consertando um aparelho na casa do vizinho, entrou sem aviso prévio. Seu pau latejava de emoção.
Quando dei por mim, estava chupando, rebolando e revezando sem parar. Um sexo socialista, como se deve ser! Um filme grandioso, no qual eu, mais uma vez, fui a diva viva. O nome do filme: “ENTRE SEM BATER”. Vou colocá-lo em breve na internet. Esperem e verão!

Achei aquela surpresa um tanto romântica. Vocês sabem como é, uma escritora nunca deve esquecer suas raízes. E eu surgi no pornô.

Assim que a equipe foi embora, eu percebi que estava atrasada, cabulei o banho e fui para a boate, prospectar de biquini (com porra grudada por todo o meu corpo). Os homens que passavam sentiam o cheiro de sexo em mim e resolviam entrar na boate. Joelhinho, o dono do estabelecimento, ficou contente com a minha produtividade aquela noite e me colocou para dançar no palco.

Eu arrumei um rabo imenso e fui girar no mastro de biquini sem parar.
Assim que terminei o show, um homem com uma postura muito digna me ofereceu um copo nada miserável de uísque, tomei uma talagada.
Ele disse que tinha um presente para mim, que eu deveria acompanhá-lo até a linha do trem. Eu fui porque em primeiro lugar, não é sempre que surgem surpresas tão animadoras na vida de uma dançarina de boate; segundo lugar, eu queria ver se o pau daquele homem poderia subir, dado a sua senilidade; em terceiro lugar, adoro linhas de trem; uma vez eu briguei com um antigo caso meu, fui até a linha do trem e joguei uma macumba lá, junto com um diário das nossas trepadas e um celular que ele havia me dado.
É assim que deixam-se objetos pelos impulsos que não pulsam mais.

Chegando no local, encontrei um chinês meio mal encarado que me entregou um colar de pérolas. Disseram que o colar havia sido roubado em um museu e que eu devia sumir com ele rapidamente.
Eles não tentaram o coito, infelizmente. Saí de lá um pouco frustrada pela falta de imaginação do velho e do chinês, que nem me deixaram dar uma esfregada de buceta na cara deles...

No outro dia, fui até um especialista e entreguei a jóia. Descobri que era valiosíssima. Vendi para ele imediatamente. Eu estava exultante!

Fui as pressas procurar a Lurdirina. A vaca estava cheirada há quatro dias, inclusive, tinha um tiro estampado na fuça. Eu limpei o seu nariz com a língua e em seguida, enfiei a minha língua em sua goela. Acontece que eu tive a idéia genial de abrir minha própria produtora de filmes pornôs em que eu e Lurdirina estrelaríamos. Eu realizaria minha idéia de ser roteirista de filmes e venderíamos para os alemães, aqueles safados!
A Lurdirina ficou sóbria ao olhar a quantidade de dinheiros que havia em minhas mãos. Nós duas demos tantos pulos que quase quebramos o piso.

Eu pensei em pedir demissão da boate de forma amena, mas não seria a Leysla Kedman.
Então, eu virei uma garrafa de uísque no bico, vesti uma roupa inteira de couro e fui para a porta da boate. Joelhinho, ao me ver embriagada e com roupas de SM, deu gritos tresloucados. Eu entrei na boate fumando dois cigarros ao mesmo tempo, subi no palco, agarrei a dançarina pelos cabelos e joguei a quenga no chão. Peguei o microfone e disse:
"Eu, Leysla Kedman, estou farta de prospectar de biquini neste inverno rigoroso! Estou farta de chupar paus maleáveis! Estão vendo essa carne? Estão? Esta carne é valiosa! Este traseiro tem ascendência africana! Vejam a minha magreza! Mas quando eu tiro o sutiã, meus seios crescem! Meus lábios de avestruz transformam magicamente um pau mole em ereção. Estou farta da mediocridade! Estou farta dos poucos tostões que vocês, seus menesquentes, colocam no meu biquini. Se o pau de vocês fosse tão duro quanto esses bolsos, minha buceta sorriria feliz! O único defeito dos meus filmes, são vocês, espectadores! Estão todos despedidos da Leysla! Leysla tem sede! Leysla vai tirar suas próprias radiografias! Leysla vai surpreender Silvia Sant! Leysla não suporta mais esse culto ao precário! Leysla só colocará seus pés na Rua Augusta novamente para dar autógrafos! O cinema pornô sem Leysla Kedman é como um jogo da amarelinha sem a pedra!"
Apaguei o cigarro na careca de um dos donos do bar.
- Ainda bem que a loucura feminina é o mal do século. As mulheres estão TODAS enlouquecidas e, por que não? Favorecidas! -

Peguei um punhado de dinheiro e comprei garrafas de uísque, flores e lagostins.

Senti em minha consciência um pleno ventar por dentro.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

La Lesla responde!

quero fazer uma pergunta: se vc tem soníferos, porque passa as noittes acordada, escrvendo de insônia?

Juliana

Resposta:

Porque dormir para mim significaria a morte.